quarta-feira, 6 de junho de 2012

Glória tenta a virada com Bagé


O Leão da Serra tem novo técnico. Na verdade, nem tão novo assim, pois Ronaldo Rangel, o Bagé, é um velho conhecido na Avenida Militar. Ele foi anunciado nesta terça-feira, após a confirmação da dispensa de Marcelo Caranhato, admitida desde a derrota para o Esportivo. O veterano treinador – em sua quarta passagem pelo Profissional do clube – assume tentando reverter a queda livre da equipe na Segundona e classificá-la à fase decisiva.

A culpa é sempre do técnico...


A campanha irregular na segunda fase determinou a queda de Marcelo Caranhato. Ele assumiu no final de março, com o time na zona de rebaixamento, e obteve uma série de vitórias que afastou o risco de queda e pôs o time na luta pela ponta. Mas já ao final da primeira fase o futebol da equipe dava sinais de refluxo, o que se confirmou na sequência da competição. Os tropeços da última semana selaram o destino do treinador, que dirigiu o Glória em 16 partidas, com 8 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Sob seu comando, o Leão acabou com um tabu de 24 anos sem vitórias sobre o Brasil na casa do adversário.

O que esperar de Bagé?


Rei morto, rei posto: a direção do Glória agiu rápido e nem deixou a notícia da saída de Marcelo Caranhato esfriar para confirmar Bagé no comando da equipe. Mas o que esperar do novo treinador?

Que Ronaldo Rangel tem história no Altos, todos sabem. Mas muito de seu sucesso deveu-se ao fato de ele sempre começar o trabalho, ter tempo para montar a equipe ao seu jeito. Isso agora não acontece: Bagé será o terceiro técnico a dirigir o atual elenco, certamente inferior aos que teve à disposição anteriormente, e numa situação bastante delicada. Além disso, não poderá pedir contratações, nem mesmo daqueles jogadores de confiança com quem contou em outras ocasiões.

Portanto, amigos, seu retorno pode entusiasmar pelo passado, mas deve-se ter cautela quanto às suas possibilidades no presente. Sua margem para obter o êxito é limitada, tanto pela situação do clube na tabela quanto pelo tempo e o material à disposição. Resta torcer para que sua capacidade aflore com todo o vigor e ele possa levar um time em vias de eliminação ao ambicionado retorno ao Gauchão.

Arrumando a defesa


Se Bagé pretende ter sucesso no Glória 2012, melhor prestar atenção ao desempenho do sistema defensivo. Até agora, o time sofreu 32 gols em 23 jogos, média de 1,39, a pior desde 2007. E ainda não conseguiu terminar uma partida fora de casa sem tomar gol.