terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ele não pode ver azul...

Quero fazer uma retratação. Durante muito tempo, pensei que Carlos Simon beneficiava o Inter com suas arbitragens desastradas, mas não é nada disso. Na verdade, o que ele não pode ver pela frente é um time com a camisa azul, só! Quando isso acontece, os erros que comete beneficiam sempre o adversário do clube que cometeu a impropriedade de escolher a cor para figurar entre as suas. O Glória que o diga!
Pior para o Palmeiras, que no domingo, na derrota para o Fluminense, foi prejudicado por Simon. Jogava de azul. A CBF cansou e resolveu mandá-lo para a geladeira até o fim do Brasileirão. Faço votos que ele aproveite as "férias" para procurar auxílio médico e tentar descobrir nos recônditos de sua mente o porquê de tamanha aversão à cor!

O pior

Ironias à parte, o pior de tudo e ver gente de uma rádio de Porto Alegre - adivinhem qual - defender com unhas e dentes o Simon, tão decadente como árbitro quanto a emissora que posa de sua advogada em audiência. Risível.
Disse uma vez e digo de novo: o fato desse sujeito estar perto de mais uma Copa do Mundo não diz nada. O Brasil manda árbitro para a Copa porque é pentacampeão, tem peso no mundo do futebol. Os motivos pelos quais se insiste com Simon são nebulosos para mim, haja vista a frequência dos seus erros e o melhor desempenho de outros quadros da arbitragem nacional. Sua punição, embora tardia, é justa e muito bem-vinda, apesar dos perdigotos (que palavrinha...) de setores da imprensa local que teimam em defender o indefensável.

E como foi em 2005?

Lembram a operada do Márcio Rezende de Freitas em cima do Inter em 2005, no jogo contra o Corinthians, quando além de não dar um pênalti cristalino em favor do Colorado ainda expulsou o Tinga? Será que os defensores do Simon na imprensa gaúcha tiveram o mesmo zelo com o árbitro mineiro na ocasião? Será que está havendo coerência?

Intimidação

O excesso verbal do presidente do Palmeiras, que chamou Simon de "safado" e "vigarista", entre outros "elogios", pode terminar em processo. É do seu feitio: em 2005, o Schio, então presidente do Glória, acabou suspenso pelo TJD por declarações que melindraram o "inatacável". Direito dele, mas em seu caso parece mais uma tentativa de intimidar quem o critica - ainda que destemperadamente - do que exatamente buscar justiça.

O uso da tevê

Coisas como a que vimos em Fluminense e Palmeiras seriam menos frequentes se a International Board admitisse o uso das imagens da tevê para tirar dúvidas. E isso não esvaziaria a figura do árbitro - a palavra final permaneceria com ele. Nas grandes ligas do futebol americano, a arbitragem chega a se dirigir aos telespectadores para explicar determinadas decisões. No tênis, o jogador que se sente prejudicado em determinado lance pode solicitar o reexame com o auxílio do vídeo. Questão de evolução. Se o futebol é, cada dia mais, um negócio, nada mais natural que o que diz respeito a ele seja cercado de segurança e transparência, tanto quanto possível.

Incoerência

Se a tevê serve para levar jogadores ao TJD por lances não observados pela arbitragem, por que não pode ser utilizada para corrigir erros que influenciam no resultado das partidas?